House M.D. e a Gestão de Qualidade

terça-feira, 26 de abril de 2011 às 01:20


Atualmente, o seriado House, produzido pela Fox Filmes e exibido pela Universal Chanel, é um dos que possui uma das maiores audiências em séries de televisão. Trata-se do cotidiano de um médico especialista em desvendar enigmas da medicina e sua equipe, minuciosamente selecionada entre vários profissionais da área. Apesar de não ser bom com relacionamentos entre pessoas, o genial doutor possui uma capacidade ímpar de solucionar e encontrar o tratamento correto para as doenças de seus pacientes, sendo conhecido mundialmente por seu talento. Mas como o Doutor Gregory House adquiriu toda essa fama apesar de seu péssimo relacionamento interpessoal?
Analisando o brilhante médico e sua equipe, se percebe o uso de alguns métodos aplicados na Gestão da Qualidade, comparando-os com os utilizados nas empresas atuais. Destaca-se a princípio a qualidade do local de trabalho, ou seja, do hospital da série, que está sempre limpo, organizado, além de oferecer equipamentos de alta qualidade e última geração em tecnologia, assim, a equipe designada ao doutor poderá realizar seu serviço com um alto desempenho. Todos esses recursos oferecidos são devidamente organizados por setores e com fácil o acesso, além de proporcionar conforto e segurança para a utilização dos mesmos.
Todos os membros, foram selecionados pelo doutor, com análise minuciosa de seus currículos e de seu desempenho perante a solução de casos, que são considerados insolúveis pela medicina moderna. Toda a equipe faz atualização constante sobre novas doenças encontradas e seus devidos tratamentos. Na solução dos casos todos trabalham conjuntamente com o doutor, pesquisando, analisando e discutindo sobre possíveis doenças e seus tratamentos, e mais tarde, entram no consenso sobre qual tratamento utilizar para a possível cura do paciente. A Série mostra que há comprometimento da equipe com seu trabalho, onde diversas vezes se observa que os mesmos passam horas, ou até mesmo dias tentando solucionar o caso, que na maioria das vezes termina com sucesso e pacientes satisfeitos.
Mesmo com toda combinação de fatores da Gestão da Qualidade, Doutor House peca na falta de qualidade no atendimento, não prolongando o relacionamento interpessoal com seus pacientes e colaboradores, desrespeitando então, a norma de boa convivência; e com o excesso de gastos gerados por suas pesquisas para encontrar soluções para os casos enigmáticos da medicina, perdendo a credibilidade dentre seus colegas de trabalho e a empresa onde presta serviços médicos. Se aplicado a qualidade no atendimento interpessoal e o senso de economia, talvez o doutor fosse considerado um aplicador da Gestão Total da Qualidade, aumentando então sua credibilidade, criando vínculos com seus pacientes, gerando saldos positivos que poderiam vir a aumentar os investimentos do hospital em suas pesquisas para encontrar tratamento de novas doenças.
É triste tentar fazer uma comparação entre a Série e a realidade da saúde brasileira, onde a única semelhança entre ambos é a falta de qualidade no relacionamento interpessoal. A falta de investimentos na saúde tem gerado muita discussão sobre a aplicação do dinheiro público que até então deveria ser investido em hospitais, clínicas e equipamentos médicos. É uma vergonha o Brasil não oferecer nenhuma qualidade na saúde pública e nem dar uma explicação plausível sobre o paradeiro dos investimentos, gerando transtorno inenarrável a toda população que necessita da utilização da saúde pública.

Bel Adm. Rural Karla Alayara Rodrigues

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